Fonte: CBN Londrina
Em 2015, um conjunto habitacional inacabado tornou-se o ponto de partida para uma das maiores ocupações urbanas de Londrina. Famílias sem moradia viram naquelas construções paradas uma oportunidade de recomeço. Sem infraestrutura básica, enfrentaram desafios extremos, mas a solidariedade entre os moradores fez toda a diferença.
Aos poucos, esse conjunto habitacional, denominado Flores do Campo, começou a se estruturar. Pequenos comércios surgiram, redes de apoio se formaram e a comunidade transformou um cenário de abandono em um espaço de pertencimento e identidade.
Fonte: Gazeta do Povo
Entre os muitos rostos que passaram a chamar Flores do Campo de lar, destaca-se a presença dos haitianos. Fugindo das consequências do terremoto de 2010 e em busca de oportunidades no Brasil, muitos imigrantes encontraram na comunidade um lugar onde poderiam reconstruir suas vidas.
Seu impacto na cidade foi considerável: trouxeram sua cultura vibrante, fortaleceram o mercado de trabalho local — especialmente na construção civil e na indústria — e ajudaram a tecer laços de solidariedade. Mais do que apenas moradores, os haitianos se tornaram parte essencial da identidade do cidade.
Fonte: Rede Lume de Jornalistas
Apesar do crescimento, Flores do Campo ainda enfrenta grandes desafios. A regularização fundiária continua indefinida, e problemas como a falta de saneamento básico e pavimentação dificultam o dia a dia dos moradores. Em períodos de chuva, a lama toma conta das ruas, e a falta de transporte público adequado agrava a situação.
Ainda assim, a comunidade segue firme em sua luta. Iniciativas sociais ajudam a melhorar a infraestrutura, garantir educação e criar novas oportunidades para todos os que vivem ali.
Fonte: Folha de Londrina
Flores do Campo não é apenas um bairro: é um exemplo vivo de resiliência. O espírito de coletividade e a diversidade cultural, impulsionada pela chegada de imigrantes, tornaram esse espaço um símbolo de esperança e transformação.
O futuro da comunidade depende do compromisso de todos: moradores, organizações e autoridades. Ao conhecer essa história, refletimos sobre o poder da união e da luta por direitos básicos, e como cada pessoa pode fazer parte dessa mudança.